No solo carioca Hector ganhou o apelido que o consagraria como artista, pois no grupo de escoteiros do Clube do Flamengo que ele integrava cada um recebia a denominação de um peixe; coube a ele Carybé, que designava uma espécie de piranha. Para se destacar no campo artístico e se diferenciar do irmão, que tinha um nome similar e era igualmente artista plástico, ele assumiu este epíteto como pseudônimo.Ele passou alguns anos na Itália, dos 6 meses aos 8 anos, partindo então para o território brasileiro, a princípio residindo no Rio de Janeiro, onde o pintor realizou seus estudos na Escola Nacional de Belas Artes. Seu principal estilo se resume na pintura figurativa, a qual lembra a estética abstrata.
De 1935 a 1936 ele atua ao lado do escritor argentino Julio Cortázar e trabalha como desenhista no jornal El Diário. Em função de seu trabalho ele é enviado para Salvador, em 1938, tornando-se um legítimo baiano a partir de 1950. Em 1957 ele finalmente se naturaliza brasileiro.
Carybé estréia como tradutor em 1943, vertendo para o espanhol, em conjunto com Raul Brié, a obra Macunaíma, de Mário de Andrade. Neste mesmo ano ele conquista o Primeiro Prêmio da Câmara Argentina del Libro por sua ilustração do livro Juvenília, de Miguel Cané, ícone da literatura argentina.
Suas produções traduzem muito do espírito baiano, revelando o dia-a-dia deste povo, sua cultura popular, seu folclore. Em 1955 ele obtém o prêmio de melhor desenhista na III Bienal de São Paulo. Sua obra atinge o montante de cinco mil produções, dentre pinturas, desenhos, esculturas e delineamentos iniciais de alguns trabalhos. Suas ilustrações enriquecem publicações de famosos literatos, entre eles Jorge Amado e Gabriel García Márquez.
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