19 de julho de 2013

Cândido Portinari

O pintor Cândido Torquato Portinari nasceu na cidade de Brodósqui, no interior de São Paulo, no dia 29 de dezembro de 1903, numa fazenda de café. Seus pais, Giovan Battista Portinari e Domenica Torquato, eram imigrantes italianos de origem humilde e tiveram doze filhos, o segundo foi Cândido Portinari.
Aos quinze anos Portinari ingressou na Escola Nacional de Belas Artes, na cidade do Rio de Janeiro e, aos dezoito anos, vendeu seu primeiro quadro chamado Um Baile no Campo. No ano seguinte, em 1922, recebe seu primeiro prêmio: a medalha de bronze do Salão de Belas Artes. Depois de ter sido premiado várias vezes neste Salão, Portinari viajou, em 1929, para a Europa e fixa moradia em Paris, depois de percorrer Inglaterra, Itália e Espanha. O contato com a efervescência plástica da Europa nos anos 30 define o rumo que o pintor seguiria ao retornar ao Brasil. Quando chega, em 1931, já está casado com Maria Victoria Martinelli, mãe de seu único filho, João Cândido.
No ano de 1933, Portinari pinta seu primeiro mural na casa de sua família. A partir de 1935, consegue ficar renomado pela elaboração de seus murais que exploravam a temática brasileira, incluindo a luta das classes trabalhadoras nas plantações, nas favelas e nas cidades.
Entre 1936 e 1939, Portinari foi professor da Universidade do Distrito Federal, no Rio de Janeiro, onde participou da reestruturação inovadora do programa de belas artes e experimentou a utilização de mosaico de vidro de grandes dimensões. Também desenhou murais para diversos edifícios no Brasil, trabalhando com Oscar Niemayer e Burle Marx, entre outros. Dentre os murais criados por Portinari fora do Brasil, podemos destacar o do Pavilhão Brasileiro para a Feira Internacional de Nova Iorque (1939) e para as Nações Unidas, em 1953.
No mesmo ano, Portinari seu quadro chamado Café recebe menção honorária na Exposição Internacional de Arte Moderna do Instituto Carnegie, em Nova Iorque, fato que o projeta internacionalmente. No ano de 1940, Cândido Portinari foi o primeiro artista sul-americano a ter uma exposição individual no Museu de Arte moderna de Nova Iorque, o nome da exposição era Portinari of Brazil.
Portinari recebeu, entre outros, prêmios na França em 1946 (Légion d’Honneur), o Guggenheim’s National Award (1956), em Nova Iorque e a medalha de Pintor do Ano, em 1955, pelo International Fine Art Council (Nova Iorque). Foi membro do Partido Comunista e ativista político.
Portinari faleceu no Rio de Janeiro, no dia 6 de Fevereiro de 1962, em decorrência de intoxicação por chumbo.
Dentre suas pinturas podemos destacar: Tiradentes, Lavadeiras, Os Retirantes, Colhedores de Café, Cena Rural, O Sapateiro de Brodósqui, Mestiço, Criança Morta, Colhedores de Café, São Francisco de Assis, Futebol, Menino com Peão, A Primeira Missa no Brasil e Grupo de Meninas Brincando.

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